27 outubro 2006

Viva a Rainha

Finalmente o merecido tributo à minha diva musical. Enjoy!

"Fidelity"


"Better"


"Us"

24 outubro 2006

GUILLEMOTS @ Manchester Academy 1

TUNNG @ Night & Day Café

Este Sábado, a noite foi passada no Night & Day Café. Este espaço situa-se na zona de Manchester conhecida por Northern Quarter, que para vos dar uma ideia corresponde ao Bairro Alto local. O Xposure Live, evento organizado pela XFM Manchester (equivalente a Radar FM em Portugal), era consistido por três projectos, Brightblack Morning Light, Jill Barber e Tunng.
Os
Brightblack Morning Light (BML) são daquelas bandas em que apesar de terem as ideias no sítio, apresentam ainda alguma falta de criatividade e rasgos que diferenciam os seus temas uns dos outros. Música vagarosa, vozes dissimuladas e uma semelhança inegável com bandas da linha de Tortoise. O set dos BML apresentou ideias que já têm bases para crescer, falta agora polvilhar-las com toques critativos.
A fadiga apertava, depois de um Sábado de trabalho, e a prestação dos BML não ajudou. Decidi sentar-me um pouco. Mas ao interpretar o seu terceiro tema,
Jill Barber fez-me levantar e aplaudir de pé o resto da sua actuação. Originalmente canadiana, Jill apresentou-se em palco com sua guitarra acústica e com um guitarrista solo que ia adicionando notas perfeitas às vocalizações da cantora, cuja voz preenche completamente as canções. Entre o country mais arenoso e o jazz mais fumarento, Jill canta os seus sentimentos sem rede, com letras bem explícitas. Uma cantora que passarei a seguir com atenção.
Finalmente chegava a hora dos
Tunng subirem ao palco e de uma vez por todas o cansaço desapareceu. A energia e a alegria que as composições deste sexteto emana rejuvenesceu-me. As canções do conjunto britânico começam normalmente com melodias pueris e inocentes, às quais são sobrepostas camadas de sons e batidas distorcidas, que tentam corromper a inocência dos sons iniciais. No meio desta anarquia sonora, os Tunng conseguem ser ditadores e manipular de forma a que a qualidade não seja lesada. A conjugação electro-folk-acústica é portanto perfeita, criando uma atmosfera refrescante.
O sexteto é composto por 3 guitarristas-vocalistas, uma vocalista que explora musicalmente todo o tipo de bugigangas e marroquinarias, outro elemento responsável pela percussão e um outro que lida com a parte electrónica. Apesar do leque de elementos que recheiam os temas, os Tunng mantêm uma organização sonora irrepreensível. Repito, são ditadores no meio do caos!

Os Tunng vão ser grandes, têm tudo para o ser. Caso não o sejam, não sou eu que não entendo nada disto, é só mais uma prova que o mundo musical está mais injusto que nunca.

20 outubro 2006

THE LEMONHEADS @ Manchester Academy 2



Ter a oportunidade de ver Lemonheads ao vivo, não passaria dum sonho há alguns meses atrás. Já sabia que Evan Dando estaria em Londres para alguma sessões acústicas e quando se confirmou a tour da banda, apressei-me a comprar o ingresso para o espectáculo.
747s foram a banda que abriram as hostilidades, apresentando um som alegre, a roçar o shoegazing diria mesmo. Bastante agradável, conseguiu manter-me entusiasmado apesar da ânsia de ver Evan e seus companheiros entrar em palco.
O arranque do concerto da banda norte-americana foi fortíssimo, presenteando o público com uma mistura de temas provenientes dos álbuns mais apreciados (Ít's a Shame About Ray, Come on Feel the Lemonheads e Car Button Cloth). A banda embalou e deu um recital.
Depois foi tempo de apresentar ao vivo o novo trabalho. Obviamente que o públicou afrouxou mas manteve o entuasiasmo porque novamente a banda intercalou as novas músicas com outras mais antigas.
A 3.ª fatia do concerto, talvez a que mais aguardava, foi preenchida por um set acústico protagonizado unicamente por Evan Dando. "Being Around", "The Outdoor Type" e "Favorite T" foram sem dúvida momentos que perdurarão na memória quem esteve na Academy 2 nesta noite.
A banda voltou para mais uma mão cheia de temas até que abandonou o palco, demorando apenas 30 segundos (!) a voltar para o encore. "If I Could Talk I'd Tell You" foi a cereja que finalizou a confecção deste concerto, sendo o único tema que compôs o encore.
Apesar do curto encore os Lemonheads conseguiram contentar-me. Lembro-me dos tempos em que Evan Dando chegou a interromper showcases por se esquecer das letras das músicas... que bom saber que está recuperado e de volta aos palcos!

13 outubro 2006

Cheira bem

Cheira a anos 80, cheira a Queen, tem coros retro... mas é tão bom! Recomendo vivamente uma ida a "Sam's Town" para visitarem os Killers!

P.S.: Destaques: "For Reasons Unknown", "Bones" e "Read My Mind".

P.S.2: Se alguém por acaso achar nalguma viela uma bilhete para o concerto em Manchester, eu compro...

12 outubro 2006

2 em 1



Eis o mais recente videoclip dos Muse, "Knights of Cydonia". Duas obras de arte juntas, o video e a música. Nunca mais é dia 11 de Novembro...

10 outubro 2006

Carro vassoura

Chegou a altura. Mais que nunca, olho para o retrovisor e não vejo ninguém, mais do que nunca. Sinto-me um Minardi em plena Fórmula 1... os Ferraris esses já estão comprados e prontos a ocupar. Ide, que a minha modalidade não é esta.
Alguém precisa de um carro vassoura?

COHESION LIVE @ PLATT FIELDS PARK

No passado dia 23 de Setembro dirigi-me ao Platt Fields Park, em Manchester para assistir ao festival Cohesion Live, organizado para obter apoio monetário para a região do Kosovo. O cartaz era agradável e talvez a causa humanitária do certame tenha feito com que os céus nos tenham brindado com um dia de Primavera perfeito, quando todos os prognósticos apontavam para mais um dia chuvoso. Também não é difícil, acertar num dia chuvoso em Manchester é quase como tentar acertar na chave de um Totoloto que só inclui um número...

Assustados pelo comprimento das filas que inundavam os poucos bares presentes no recinto, optámos por carregar o stock e abancar na relva enquanto as primeiras bandas desfilavam pelo palco. Graham Coxon era o primeiro nome sonante da tarde. O ex-guitarrista dos Blur apresentou o seu rock acelerado, repleto de tiques punk, anexados a melodias brit-pop q.b. O som acabou por tornar-se algo repetitivo e o final do concerto foi aproveitado por passear pelo resto do recinto que ainda não tinha sido visitado (Obrigado XFM pelos 3 isqueiros!!!).
Stephen Fretwell tocou enquanto eu tentava sobreviver à longa fila para o WC. E mesmo ao longe as melodias do seu som acústico acariciavam os tímpanos de quem estava atento.
Seguiam-se os Elbow, o primeiro concerto a que realmente queria assistir atenciosamente. E não desiludiram, com o seu som trabalhado até ao mais ínfimo detalhe e com temas que desfilam numa parede de som sempre em crescendo. Estupenda actuação ainda que não tenha sido possível assistir a todo o concerto porque entretanto fomos em busca da cerveja perdida. Quase todos os bares tinham esgotado a cerveja...daí as pequenas filas que agora perfilavam junto aos mesmos.
Por razões ainda desconhecidas, Lou Rhodes, a famosa voz dos Lamb, não actuou embora tivesse sido vista por diversas vezes a passear pela relva do parque.
E para finalizar em beleza, depois de mais um mini DJ set manuseado pelos elementos dos Doves (que dividiram as turntables do festival com Andy Rourke, ex-Smiths), entrava em acção Damon Gough, mais conhecido por Badly Drawn Boy. Arrancou com diversos temas do novo álbum que está prestes a sair, e que emitiram sinais positivos, porque soaram... a Badly Drawn Boy! Da actuação destacaram-se "Silent Sigh" e "All Possibilities". Muito boa disposição em palco e um sentimento muito especial sempre a sair das suas composições.
Depois era tempo de rumar até casa e discutir o que teria sucedido a Lou Rhodes...