28 julho 2009

Sam won't play it again.


Depois de ter estado na eminência de abandonar o Camp Nou durante 2 ou 3 anos, Eto'o acaba por se despedir este ano. Continuará a ser para mim o avançado mais complicado de travar e alguém que factura onde quer que jogue.

Sim, tem um feitio especial e uma boca demasiado grande. Mas compensa tudo em campo.

Ibra terá que suar para me convencer acerca desta troca.

Sam, gracias.

26 julho 2009

been there.


directamente para o hall of fame.

22 julho 2009

13 julho 2009

dia 3 @ alive.

[o Lone Aliver 2 ou o anjo da guarda festivaleiro]


No último dia, avancei ainda mais cedo para o recinto (para mais tarde descobrir que passei o festival enganado nas horas, por ver o panfleto de forma errada).

Decidi assistir desde logo à actuação dos A Silent Film. Apesar de não cairem muito no meu gosto musical, pensei que tivessem mais interesse. Curiosamente foi durante a apresentação de novos temas que o concerto subiu o impacto, coisa que raramente sucede. (6/10)

Se no primeiro dia o palco principal nada tinha para me oferecer, neste dia a coisa não estava muito distinta. Olhando para o alinhamento percebia claramente que só me dirigiria àquele palco para desfrutar a Dave Matthews Banda (DMB).

No entanto, e como o corpo apresentava cada vez menos bateria, no intervalo entre os A Silent Film e Los Campesinos!, decidi descansar no alcatrão em frente a Ayo. Apenas ouvi 2 ou 3 temas e como tal não vou encetar avaliações.

Los Campesinos! vieram agitar as massas com o seu som estridente e a sua dupla voz sempre no limite do agudo. Fizeram-me pensar em descrevê-los como se os Belle & Sebastian ou os Bright Eyes tivessem sido invadidos por pedaleiras de distorção e bateristas enfurecidos.
Foram de longe das melhores bandas em termos de interacção com o público e no final, ambas as partes estavam rendidas.
"The members of Los Campesinos are Benfica fans!". Também cai sempre bem. (7.5/10)

Seguia-se a actuação que mais me preencheu. E surpreendentemente, ou não, veio do palco nacional. Os Madame Godard deram simplesmente um concerto irresistível. Soou tudo perfeito. Com muita pena minha, a tenda apresentava talvez a moldura humana mais fraca dos concertos que ali vi.
"Love is Poker" confirma-se como um dos temas nacionais mais fortes dos últimos anos e até a versão de "Spanish Bombs" esteve soberba.
Aposto que se David Byrne os visse, contratava-os na hora para a Luaka Bop. Cheirava a Vampire Weekend naquele espaço. (9.5/10)

Sentei-me a ouvir um pedaço da performance de Trouble Andrew mas não me aqueceu, e após a bucha, tempo para sentir Linda Martini. Desta feita, o palco nacional estava a transbordar. E em boa hora porque a banda mostrou-se muito forte, completamente venerada pelo público.
Tive pena mas não consegui terminar o concerto porque sentia que começava a ficar sem costas. (8/10)

Vai daí, sentei-me na esplanda situada na lateral do palco 2. Assistia aos pulos do pouco público às batidas providenciadas pelos Autokratz. A mim não me fizeram pular, até porque nem conseguiria naquele momento. (3/10)

E penso que no alinhamento deste dia residiu uma das falhas. Claramente, Lykke Li teria que ter entrado em cena antes desta dupla. Para quê entalar a sueca entre as batidas monstruosas dos Autokratz e das bandas seguintes? Além de me estragar o alinhamento, porque ao fim da primeira música zarpei para ver DMB, não fez sentido nenhum.

Chegava então a hora de encerrar o palco principal com a DMB. E foi tão épico que acho que deveriam rever o nome e passá-lo para Dave Matthews Orchestra!
O líder é um excelente mestre cerimónias. Sublime a piadola acerca das mocinhas que executavam danças supostamente sexy na torre em frente ao palco. (Apenas mais uma estupidez em que a organização decidiu insistir).
Tal como prometeu, cumpriu. Tocaram durante 2h30 (mais dois encores). E foi estonteante a química daquela banda, que ainda por cima mantém sempre o sorriso nos lábios enquanto executam a sua arte, mesmo apesar da tragédia que recentemente desabou sobre a banda. (8/10)

Fechavam-se assim as portas do festival. E fiz questão de ficar até que me pedissem mesmo para sair, enquanto se degustavam as últimas imperiais.

Até para o ano, se Deus quiser!

dia 2 @ alive.

[ou a primeira aparição do poliglota Lone Aliver]

No regresso ao local do crime, a primeira paragem foi o palco principal. A tarde tinha o sol a brilhar e a brisa marítima a acompanhar. Apeteceu-me por isso apreciar o indie-pop descomprometido dos The Kooks. A meio do concerto dei por mim a perguntar, como é que estes tipos, vindos do cinzento UK, conseguem construir música sempre de alto astral.
Foram dignamente catchy e entretiveram largamente as hostes. (8/10)

Seguiu-se um período branco, em que aproveitei para folgar o corpo, visto que ainda acusava o abuso do dia um. Abanquei-me então de costas para o palco secundário, onde os Hadouken! (qualquer onomatopeia retirada de Street Fighter dará um brilhante nome para bandas) violavam o palco com um ror de barulho electrónico. (2/10)

Como apenas vi o início dos Does It Offend You, Yeah? (bandas com vírgulas incluídas no nome também estão sempre no meu top), não vou avaliar. Mas acho bem interessante o som da banda.

Dediquei-me a comer, beber café, comprar tabaco e visitar os WC nos entretantos, preparando-me já para os Placebo. Entretive-me a escutar os Coldfinger na tenda portuguesa e são bastante consistentes como seria de prever. Foram suficientemente interessantes para que eu fosse abordado por estrangeiros a apontarem para o folheto e questionarem-me que banda era aquela. (7/10)

Tempo então para Placebo, que estava ansioso de rever 12 anos depois... Arrancaram com o novo disco em força, o que tramou um pouco quem ainda não o ouviu e não tem a mente suficientemente aberta para apreciar temas que não conhece ao vivo. Só depois de passarem na Comercial ou na Best FM ou coisa que os valha.
A única lacuna foi mesmo não terem visitado o álbum de estreia ao longo da noite. A adição de novos membros, ao vivo, joga totalmente a favor da banda que ganha uma nova dinâmica e profundidade no seu som.
"Battle For the Sun", "Song to Say Goodbye", "Meds" e "Special Needs" foram as minhas predilectas nesta noite. (8/10)

Dirigi-me ao palco 2, mais com o intuito de descansar do que propriamente de ver/ouvir as performances de Fischerspooner. Ainda assim, foi agradável ouvir um ou outro tema do álbum "Odyssey". (6/10)

De volta ao palco principal para um momento de revivalismo ao olhar para os Prodigy. A minha breve passagem foi excelente em timing. Ouvi "Breathe" e "Omen". E depois senti que o resto seria mais do mesmo. Mas foi bom ver uma banda que apreciamos, desde há muito, ter a vasta plateia conquistada. (6/10)

Arrisquei e decidi retornar ao outro palco para os Ting Tings. Também eles meus ex-conterrâneos (Salford, Manchester). E fiquei pasmado ao assistir à potência que aquelas 2 almas conseguiram emitir do palco. "Great DJ" foi um mote brutal para o que se seguiria. As melodias absolutamente contagiantes, de mão dada com a gordura das batidas transformaram o concerto do melhor do dia para este solitário festivaleiro. (8.5/10)

Seguia-se a longa espera pelo comboio.

11 julho 2009

dia 1 @ alive.

(ou não tinha t-shirt a estrear, nem sou metaleiro, mas sabia que existia outro palco e fui na mesma.)

Depois de bafejado pela sorte de poder adquirir o bilhete a um preço inferior, lá ficou desfeita a dúvida entre ir ou não.
O dia inicial do Alive limitar-se-ia, para mim, ao palco secundário, com uma mãozinha do palco português.


Cheguei exactamente a horas de ver Delphic, oriundos de Manchester (yay!), e que eram das bandas que mais queria ver. As paisagens electrónicas com a melodia característica de quem é mancuniano, foram realmente sensacionais. Destaque obviamente para "Counterpoint". Excelente arranque. (8/10)


Primeira visita à tenda nacional, para apreciar os Bombazines. Tendo sido sempre um fã acérrimo de Zen, foi muito bom voltar a ver Rui Gon em palco, ainda que numa musicalidade diferente. Há potencial. (6/10)


De volta ao secundário, para ver metade da prestação dos Air Traffic. A sua humildade permitiu-lhes ficarem boquiabertos com o feedback do público. O som, algures entre Coldplay e Keane, soou agradável embora não seja nada de novo. Mas isso nem sempre é o que conta. (7/10)


Chegava a hora dos TV on The Radio, claramente um dos nomes mais interessantes de todo o festival. Uma autêntica parede de som, com todos os músicos sempre em total ebulição. Ainda assim, preferia vê-los numa versão mais calma, visto que no Alive tocaram em "full throttle". (7/10)


Passei de raspão no palco principal, apenas para apreciar a diferença de ambiente. E a caminho novamente do palco secundário, parei para assistir a ponta final do concerto dos Vicious 5 no palco português. E consigo apenas dizer que estavam com uma garra estupenda e que serviu como injecção de adrenalina. (7/10)


Ao estaminé secundário subiam agora os Klaxons e nem deixaram respirar. Começar uma actuação com "Atlantis to Interzone" é impróprio para cardíacos. E prosseguiram com um alinhamento cheio de todas as coisas boas que têm. Foi poderoso e delicioso ao mesmo tempo. A meu ver, o melhor concerto da noite. (8/10)


Chegava a altura para observar um pouco de Metallica. Obviamente, não me aqueceu nem arrefeceu. Achei que o som não estava estrondoso, ao contrário do que poderia antever. E ficou o registo na lista de concertos pessoal. (2/10)


Para culminar a visita ao dia primeiro do Alive, um último regresso à tenda Super Bock, para sentir o poder descomunal do som de Crystal Castles. Todos os meus ossos tremiam com tamanha avalanche sonora. No entanto, fiquei com a ideia de que se o concerto fosse mais cedo, não teria o mesmo impacto. Soou-me sempre algo inconsequente. Mas também não sou adepto da banda. (5/10)


04 julho 2009

made my day.



há dias assim ou há músicas assim?

sem qualquer vulto de dúvida, um dos melhores discos que escutei na última mão cheia de anos.

03 julho 2009

shot 47.



No outro dia veio-me à ideia que gostaria de ter o Colin Meloy aqui por casa.

Para cantar quando me apetecesse.